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Quando algo de ameaçador acontece, sentimo-nos mais ou menos vulneráveis, principalmente quando não conhecemos a ameaça. É o que podemos chamar de “ameaça desconhecida” Assim aconteceu quando fomos confrontados com uma pandemia a nível mundial. O que esperar? O que sentir? Como enfrentar? – foram perguntas que tentámos responder.
Muitos cientistas focaram-se neste acontecimento de saúde, que também foi um acontecimento social e tentaram responder a muitas questões e desvendar os mistérios dessa ameaça.
Na nossa investigação, tentámos perceber até que ponto as pessoas se sentiam vulneráveis ao “vírus”. Para medir essa vulnerabilidade utilizámos uma escala de Likert que vai de 1 (nada) a 6 (extremamente). Numa amostra de 601 participantes, 48,1% consideraram-se moderadamente expostos ao Covid 19, enquanto 22,1 % se considerava muito exposto.
Descobrimos também quanto maior a perceção da nossa vulnerabilidade, mais emoções negativas sentimos, ou seja, diminui o nosso Bem-Estar. Quando diminui o nosso Bem-Estar, diminui também a nossa satisfação com a vida.
Se nos percecionamos como mais vulneráveis, utilizamos menos estratégias para lidar com o problema (coping) e sentimos menos alegria, mais frustração, mais preocupação, apreensão, desespero e insegurança.
O que a nossa investigação nos ensinou é que gerar conhecimento sobre algo, pode diminuir a nossa perceção de vulnerabilidade, aumentar o Bem-Estar e ensinar-nos a lidar com os problemas de saúde.
Atualmente, ter conhecimentos sobre saúde é fundamental para vivermos com emoções positivas, quer seja para cuidar de nós, quer seja para cuidar dos outros!